Dando continuidade as últimas exposições que visitei - caso não tenha visto o post anterior, clique aqui - fui ao Instituto Tomie Ohtake conferir Calder e Miró, que fica em cartaz até 15 de setembro.
A amizade entre Alexander Calder e Joan Miró foi uma das
mais importantes do mundo da arte no século XX. Eles se conheceram em Paris em
1928 e rapidamente se tornaram amigos próximos. Ambos compartilhavam uma
visão artística semelhante, com interesse por formas orgânicas, cores vibrantes
e um senso de brincadeira e aventura em suas obras.
Mesmo após Calder retornar aos Estados Unidos e a
comunicação ser dificultada pela Segunda Guerra Mundial, eles continuaram a
acompanhar e influenciar o trabalho um do outro até a morte de Calder em 1976.
Essa amizade não só fortaleceu suas criações individuais, mas também deixou um
legado duradouro na arte moderna.
Os móbiles fazem sombras incríveis, que mudam constantemente, de acordo com o vento. Para ficar admirando por horas.
A criação de móbiles e de esculturas que se movem fizeram de Calder famoso. Trazer o movimento para a escultura foi seu maior feito. Formado em engenharia, ele aplicou muito do que aprendeu na criação de suas obras inovadoras.
Miró e Calder, lado a lado. Amigos que se influênciaram mutuamente.
Miró é conhecido pelas pinturas e esculturas que exploram o subconsciente e os sonhos. Um dos principais nomes do surrealismo.
Cores vibrantes e formas abstratas são marcas de suas obras, que muitas vezes foram inspiradas na natureza e na cultura da catalunha. Artista multidisciplinar, trabalhou com cerâmica, tapeçaria, escultura, sempre experimentando novas técnicas.
Eles participaram de várias exposições juntos, fortalecendo ainda mais sua amizade e colaboração artística. Frequentemente trocavam ideias e influenciavam o trabalho um do outro. Calder chegou a criar móbiles inspirados nas formas e cores de Miró.
Esculturas das mais diversas formas e materiais. O espaço foi muito bem aproveitado para a exposição, gostei bastante.
Calder e sua relação com o Brasil. Ele visitou o país algumas vezes, sempre trocando experiências com artistas brasileiros. Participou de várias exposições, incluindo a Bienal de São Paulo. Lygia Clark e Hélio Oiticica foram influênciados pela obra dele.
Em Brasília, deixou como legado a escultura "O Pássaro", feita especialmente para o edíficio do Ministério de Relações Exteriores, mais conhecido como Itamaraty, projetado por Niemeyer, que encontrou em Calder um grande parceiro para complementar sua arquitetura.
Espaço de oficinas, não precisa agendar, apenas verifique no site os dias e horários, infelizmente não coincidiu com a minha ida, pois teria participado com certeza.
Lembrando que a exposição fica em cartaz até 15 de setembro, no Instituto Tomie Ohtake, em Pinheiros. Entrada gratuíta, vale a visita.
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