Dando sequência ao post sobre os bancos (leia aqui), entre as madeiras que separei, tinha a Poltrona Náutica, design do professor do curso de marcenaria que fiz no Sesc Pompéia.
Nem se eu tivesse projetado do zero ela teria ficado tão bonita. Gostei demais do resultado. |
Ela é bem grande e para armazenar aqui durante a obra, precisei desmontá-la. Agora que estamos organizando os espaços, pensei em não montá-la novamente, mas sim aproveitá-la para outro fim. E assim foi.
Poltrona assim que a trouxemos para a obra. Ela tem uma trama feita com sisal bem elaborada, acho que não conseguiria refazer sozinha. Só que o material pinica se você estiver com as pernas a mostra. Até cogitei mudar a corda, mas com o passar dos anos tive outra ideia.
Cheguei a fazer alguns estudos, a princípio a ideia seria fazer uma mini estante para deixar na cozinha e apoiar mantimentos, vasos, livros...
Madeira não falta! Como estamos em obra é sempre útil ter alguma por perto. Separei as minhas, peguei meu caderno e comecei a esboçar, a colocar as ideias para fora.
Área de serviço em obras foi útil para separar as madeiras que vou usar das demais. Deixei as partes da poltrona bem a vista e sempre passava por lá e tentava encaixar as tábuas de formas diferentes, não resolvi de primeira, ela ficou parada por lá alguns dias.
Enquanto eu fazia o banco azul e o banco bandeira (que ainda não finalizei), a poltrona ficou na área de serviço, lugar onde passo todos os dias. Eu olhava para ela, experimentava trocar as madeiras de posição para sentir qual seria a melhor alternativa. E assim fui amadurecendo a ideia, até chegar na mesa, que para mim foi a melhor das opções.
Estava desparafusando todas as madeiras quando decidi esperar e pensar numa alternativa. As partes foram coladas, e seria bem trabalhoso separar novamente. Fui fazendo uma parte por vez, primeiro tirei a inclinação que tinha nos pés frontais, depois tirei o "excesso" da madeira, que eram os pés trazeiros. Ficou um retângulo, ideal pra uma mesa, já que a largura é grande. A outra etapa foi cortar o encosto e assim aproveitar a sobra para fazer os outros pés.
Usei somente as madeiras da própria poltrona (e ainda sobraram algumas que já tenho uso para elas), fui cortando e testando até chegar numa forma ideal, ou seja, que fosse estável e bonita. Quando cheguei nessa configuração, já sabia que faltava uma pedra ou vidro para servir de tampo.
Esse tampo é experimental, só para ter ideia de como ficará. A minha intenção é escolher uma pedra diferente do que tenho em casa para colocar na mesa.
Tenho alguns pedaços de granito e dessa pedra sintética, mas infelizmente eles não tem a medida certa. Usei apenas para ter ideia de como ficaria, e então aproveitei para fotografar.
Gostei desse detalhe vazado para encaixe do pé no tampo. Só que no projeto original, só tinham dois, para manter a mesa em pé, precisaria de mais dois. Fazer essa abertura estava fora de cogitação, então parafusei por baixo, e deixei na perpendicular para formar um desenho diferente. Aliás as tábuas não são retangulares, e tirei proveito disso para dar um charme a ela.
O branco não seria minha opção, mas gostei bastante da composição com a madeira. O piso será este mesmo, os objetos devem mudar, mas livro com certeza terá. Não vejo a hora de entrar na parte da decoração da casa. Espero trazer muitas inspirações.
Me conta o que achou? Durante esse processo pensei muito a respeito do que me é mais atrativo: começar um projeto do zero, ou pegar um "problema" e tentar resolver. A segunda opção é a minha favorita.
O tamanho e as formas das madeiras me deram a diretriz, e a partir do que tinha, fui criando uma nova peça. O mesmo aconteceu com o banco feito com os portões. Eu tinha uma quantidade para usar e isso foi o fator determinante para definir a forma e o tamanho dele.
Terei pelo menos mais uns dois ou três posts sobre essas transformações com o que tinha em casa. Nem sempre é preciso comprar móveis novos. As madeiras eram boas e dei um novo uso para elas. A natureza e o bolso agradecem!
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