Estava acompanhando uma designer de interiores de férias em Dubai, e ela fez ótimas reflexões enquanto visitava um shopping. Fiquei pensando em tudo que ela disse, e decidi fazer este post, para que possamos conversar a respeito.
Sigo a Ciça do Rego Macedo há alguns anos, e sempre tem algo bom para acrescentar. Ela e a família foram para o Egito, mas antes fizeram uma escala em Dubai. Assim que entrou no shopping - que inclusive era dentro do hotel - ela começou a filmar as lojas, os corredores, o tipo de arquitetura e soltou esse pensamento de que aquele lugar poderia ser em qualquer outro no mundo, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Nova Iorque...já que as lojas eram as mesmas. Não havia nada típico, nada característico que fizesse você diferenciar estar em Dubai ou não.
As cidades européias preservam sua arquitetura, sua cultura. Você chega em Roma e sabe que está em Roma. O mesmo acontece com Paris, com Amsterdam...Você sabe que está num lugar específico e não num mundo globalizado.
Por isso que devemos preservar nosso artesanato, nossas origens, nossa cultura. E não querer parecer ser o que não somos. O mundo todo está muito parecido, as identidades não existem. Você não chega em um determinado lugar e diz: Uau! Que incrível! Tudo é muito similar hoje em dia.
Devemos valorizar os traços culturais e únicos de cada lugar. Claro que ainda encontramos cidades assim, mas está cada vez mais difícil manter viva as nossas características, as nossas peculiaridades. ´
É acho que é por isso, por fazer projeto de arquitetura e observar que os clientes querem sempre as mesmas coisas - as que saem na revista - que procuro fazer a minha casa diferente. Procuro nem é a palavra, eu gosto de fugir do que é moda, do que é padrão.
E isso vai além da casa, invade o guarda roupa, o que assistimos, o que ouvimos, o que comemos...Essa semana fui a feira e comprei pimenta biquinho (aliás eu adoro pimenta) e sei que usamos ela em conserva. Perguntei para o senhor que vendia como ele fazia. Assim eu busco a informação na fonte, na tradição do vendedor de pimentas da feira. Pensa quem entende da prática, do dia a dia? Ele com certeza é uma ótima fonte de conhecimento. No mesmo dia liguei para minha tia, a minha guru da cozinha e quis ouvir a opinião dela. É assim que tento manter viva as nossas tradições, as nossas origens.
Esse papo vai longe...por isso que gosto de garimpar peças antigas, reaproveitar móveis e objetos..E você o que pensa sobre isso?
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