O Rinoceronte - Cinco Séculos de Gravuras do Museu Albertina

Já estava sentindo falta de uma exposição, e assim que soube da exposição de gravuras do Museu Albertina de Viena, me programei para visitar e não deixar para a última hora, pois sempre que isso acontece eu acabo não conseguindo ir.

 

Picasso também fez suas gravuras, e são belíssimas. Busto de Mulher com Chápeu - 
linoleogravura 1962.

 
Miró, sem título 1974  e Kurzweil, a almofada 1903

Dürer, O rinoceronte - 1515. Obra incrível feita pelo alemão somente com um relatório detalhado com imagens e informações escritas, se nunca ter visto o animal.

Lembrando que fotos tiradas de quadros nunca ficam boas, refletem a luz no vidro, a câmera não consegue pegar os detalhes, mas mesmo assim quis compartilhar. 

Grandes nomes da arte estão presentes nesta exposição, como Goya, Picasso, Dürer, Piranese, Munch, Matisse; e que pela primeira vez chega ao Brasil. O acervo do Museu Albertina se destaca pela quantidade de gravuras - aproximadamente 1 milhão - e pelo período que abrange o final da idade média até os dias atuais.

 
Marc Chagall, O quarto de Pluschkin e A mesa posta ambos do mesmo período 1923-1927, água-forte, ponta seca.

Vuillard, Interior em cor-de-rosa -1899, cromolitografia. Ao lado, Munch, Medo - 1896, cromolitografia.

 

Klimt, 1a Exposição de Arte da Associação dos Artistas Plásticos da Secessão Austríaca - 1898, cromolitografia. Ao lado, Kokoschka, Apanhadora de algodão - 1908, cromolitografia.

Ao final passei na livraria e trouxe um catálogo para casa. Gostei muito da exposição e como estudo gravuras há quase 10 anos, achei que seria uma importante fonte de pesquisa. O catálogo está bem bonito, com fotos e textos sobre os artistas e no final tem um glossário sobre as técnicas, como xilogravura, água-forte, calcogravura entre outras. Material bem completo, não apenas decorativo, mas com conteúdo relevante. Indico.

 
Hendrick Goltzius, O grande Hércules, 1859 e ao lado Faetonte, Íxion, Ícaro e Tântalo, 1588, calcogravura. São tantos detalhes que fiquei muito tempo em cada um deles, inclusive tinha um moço que não saia de frente do Hércules, precisei visitar o resto e só depois voltar nele.

Canaletto, O pórtico com o lampião - meados do sec. XVIII, água-forte. Das minhas obras favoritas da exposição.

John Martin, Josué comandando o Sol - 1827, água-forte, meia-tinta.

Obras enormes e com muitos detalhes, dá para ficar tranquilamente horas em frente a elas para observar tudo.

Barbari, Vistaeduta de Veneza - 1497 - 1500, xilogravura.


Pieter Bruegel, O alquimista - 1558, calcogravura.

Pieter Bruegel, A tentação de santo Antão - 1556, calcogravura.

Piranese, O leão em baixo-relevo - 1761, água-forte. Me lembro do primeiro ano da faculdade em que fomos visitar uma exposição do Piranese na Pinacoteca. O trabalho era escolher uma obra e desenhá-la ali mesmo, no museu. E cada uma ficou sentado em frente fazendo sua arte, foi muito legal. Boas lembranças.

Ela fica em cartaz até dia 20 de novembro no Instituto Tomie Othake, com entrada gratuita e sem agendamento. Vale muito a visita tanto para quem gosta de gravuras, como para quem quer conhecer um pouco mais.

Pablo Picasso, e suas criações.

Andy Warhol, Cadeira elétrica - 1971, serigrafia.

  

Para mais detalhes da exposição acesse o site do Tomie Othake, aliás este prédio é lindo, exceto pela carambola polêmica.





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