Vou usar o exemplo de uma peça de tricô, mas serve para tudo. Em 2017 eu fiz minha primeira blusa de tricô. Eu sempre achei que tecer peças grandes seria um "sofrimento", que era demorado demais, e adiei por muito tempo esse início.
Nada como amigas para incentivar e uma onda de tricoteiras aparecendo. O processo está todo descrito neste post aqui, e durante todos estes anos usei como colete, por baixo de um casaco, ou até mesmo sozinho.
Mas sabe quando você não está feliz com a roupa? Apesar de não estar feliz com ela, eu usava - pior seria manter no armário só para me lembrar da 1a roupa tecida e nunca vestir - e neste inverno eu estava com vontade de tecer algo mais tranquilo, mas relaxante.
Quem faz trabalhos manuais sempre tem alguma coisa em andamento, e eu tenho sim, mas é uma blusa que exige mais dedicação, uma técnica nova e vou levar mais tempo para concluir. Então olhei para meu armário e não preciso de mais roupas, pensei que seria o caso de desmanchar esse colete.
Vi numa série francesa uma blusa com este detalhe de botões e fiquei com vontade de fazer igual. Gostei bastante e vou repetir em outras peças.
Engraçado que anos atrás eu jamais faria isso. Eu desmancho enquanto estou tecendo, mas depois de pronta, nunca. E isso começou a mudar quando li o livro Fio da Trama, escrito pelas filhas da Costança Pascolato, onde ela contam a história da avó fugida da guerra. Vale a leitura!
Foi tudo tão rápido. Decidi desmanchar, comecei a fazer os novelos, minha mãe ajudou e em pouco tempo já estava com a blusa pronta.
Pela primeira vez fiz as mangas com cinco agulhas e adorei. Parece mais difícil do que realmente é, inclusive aprendi a usá-las vendo vídeos no Youtube ano passado, bem em meio a pandemia.
Levamos meses, até anos para tomar uma decisão que em pouco tempo ela pode ser resolvida. Estou tão feliz e aliviada, que já comecei a desmanchar outra.
Aguardem as cenas dos próximos desmanches....
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