Experimentos com Crochê

Olá,

Pensa num lugar para fazer cursos bacanas. Aqui em São Paulo temos o Sesc Pompéia. Já comentei inúmeras vezes como gosto de lá e os muitos cursos que já fiz (para ver todos os posts relacionados, escreva Sesc Pompéia no campo de busca).

Neste início de ano as aulas foram voltadas para a arte e identidade latino-americana, o Latinossomos. E tive oportunidade de fazer dois cursos. O primeiro de bordado com agulha mágica, com a Laura Ameba e o segundo de Tecimento Experimental: Máscaras de Crochê com o Sebastian, Ingrato. Ambos eram chilenos, mas tinham professores de todos os países da América Latina.

Sebastian nos passando referências durante o curso.

Confesso que fui fazer o curso sem ter certeza do que me aguardava. E me surpreendi muito positivamente. Gosto do crochê, sei fazer o básico, leio gráficos também, mas quero mais, extrapolar o tradicional e me atualizar, usar fios de malha, agulhas mais grossas, fazer diferente.

Durante a aula todo mundo com a mão na massa na construção da máscara.

O Sebastian é muito jovem, formado em designer e muito criativo. Começamos selecionando duas linhas (lãs, fios de qualquer espécie) para começar a tecer a máscara. Como não sou ágil e o curso era de apenas dois dias, decidi fazer uma peça mais aberta, sem aquele fechamento total do rosto. Comecei com um arco para a cabeça e fui descendo, criando sem regras e nem gráficos, aliás não deveríamos ter esse tipo de preocupação.

A simetria também não estava nos meus planos. E assim foi crescendo a máscara, usando cores e pontos básicos. Tivemos dois dias para fazê-la, o curso foi de manhã e a tarde em casa pudemos continuar, até a aula do outro dia. E foi tranquilo para mim, consegui finalizar a minha.

A minha máscara finalizada. Foto Ingrato.

Como sempre, ao final de todas as aulas, cada pessoa faz uma peça diferente da outra, e isso é muito interessante. Algumas tinham mais conhecimento em crochê (como as meninas do Coletivo Meio Fio), outras nem tanto, mas o importante é a evolução de cada uma.


Turma reunida com suas incríveis máscaras. Foto Ingrato

Me senti apta a continuar no crochê, a experimentar mais, não ter medo de arriscar e não usar nenhuma receita. A peça saiu com muitos detalhes, talvez não usasse todos juntos, mas valeu pelo teste, pelo experimento em si e na próxima oportunidade farei diferente.

Início do evento, as pessoas se aproximando e criando seus crochês.

No sábado teve um encontrão de crochê, com o Homem na Agulha, o Coletivo Meio Fio e o Ingrato. Foi muito gostoso. Qualquer pessoa podia chegar e começar a tecer, sendo crochê, tricô, macramê, e acrescentar seus feitos numa peça única, uma espécie de roupa com tramas largas, feita pelo Sebastian. Eu aprendi a fazer rabo de gato e crochê com os dedos, foi demais. Fiz um coração de crochê com as queridas do Coletivo Meio Fio. Tinha muito trabalho inspirador exposto, criativos dispostos a orientar e apresentar essa técnica para quem nunca imaginou fazê-la.

Eu sai uma hora antes de terminar o evento e a peça já estava quase toda preenchida.

O ano vem rendendo, comecei fazendo a manta do tempo, apesar do crochê ser tradicional, a proposta é bacana, usar a temperatura do dia para cada cor, e o fato de fazer um pouco por dia ajuda a manter a prática e agilidade, algo que não tenho. Já fiz algumas bandeirinhas, outro item que estava nos meus planos há tempos e estou prestes a finalizar um vidro com coelhinho de crochê, mostrarei logo mais.




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