Acredito que muitos não sabem o quanto gosto de ler. Desde
muito cedo fui apresentada aos livros, e durante uns anos acabei abandonando essa
leitura opcional, por ter rios de indicações, ou melhor, obrigações de livros a serem lidos na escola e futuramente na faculdade. Mas assim que me formei
voltei a ser uma grande devoradora de livros.
Abrindo um parênteses: Me propus este ano registrar quais
livros leria até dezembro. Sempre me fazem essa pergunta e não consigo
registrar todos, já que uso muito os sebos e acabo de ler volto lá e troco por
outro, assim contribuo para que mais pessoas tenham acesso a eles e minha
estante (já super lotada) sobreviva mais uns anos sem que eu precise doá-los.
Esta semana fui até a livraria (adoro esse passeio, folhear
o livro tem um sabor especial!) e andando pelos corredores me encantei com um
título: Minha Cozinha em Berlim – Uma História de Amor com Receitas. Primeiro
passo para aceitar o livro foi dado. A capa era fofa demais...segundo passo
para aceitar muito e querer levar o livro pra casa. Abri as páginas e dei uma
folheada, li o resumo na capa e decidi que este seria meu companheiro dos
próximos felizes dias!
E não é que estava certa! Já nas primeiras páginas fui
me encantando com a narrativa, onde uma escritora/cozinheira contava um pouco
de sua vida, das mudanças de país, da saudade e de como a comida a fazia
relembrar momentos e pessoas queridas! Pronto, já me ganhou e continuei lendo
torcendo para não acabar mais. Eis que logo nos primeiros capítulos, após
comentar sobre algum prato que a remetesse a infância, vinha em seguida a
receita, com todos os ingredientes e passo a passo, como se fosse um livro de
culinária. Ai não precisava de mais nada, já estava completamente apaixonada
pelo livro! Tanto que ainda estou no começo e não esperei terminar para
comentar com vocês.
“Estar na cozinha era meu jeito de evocar as pessoas e os
lugares que eu mais amava no vapor que subia das panelas no fogo. E quando fui
acometida pela doença rara e crônica conhecida como saudade, entendi que a
cozinha seria minha salvação.”
Este trecho bateu fundo em mim. Cresci num ambiente
onde a cozinha era muito presente. Minha tia era essa pessoa que enchia a casa
de aromas e perfumes deliciosos. Mas apesar disso, sempre fugi das panelas,
gostava apenas de ver e provar, mas nunca cozinhar! Valorizo muito quem
cozinha, hoje tenho muita saudade destes tempos, de como minha família era
completa e feliz! Talvez seja por esse motivo que me envolvi tanto com a
narrativa. E hoje quando sentamos juntos para fazer as refeições, vem aquele
cheirinho gostoso das panelas... e me sinto feliz!
Boa leitura!
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